CAPOEIRA NO CÉREBRO


REVISTA CLÁUDIA DO MÊS DE JUNHO DE 2010.

CAPOEIRA NO CÉREBRO




É unânime hoje o conceito de que o cérebro humano faz uma interligação de todas as áreas do conhecimento- sem que haja uma hierarquia entre elas. De acordo com Elvira Brandão, todos nascemos com uma mente interdisciplinar. " Estudos recentes mostram que o cérebro utiliza o que armazenou de uma área do conhecimento para solucionar questões relativas a outros campos.", diz ela.
Uma prática como a capoeira, por exemplo, não deve ser encarada como um simples acessório da educação, alerta a pesquisadora. Em um artigo publicado no site do MEC, Elvira mostra que a atividade envolve,entre outras habilidades, coordenação motora,tomada de decisão, sensilbilidade ao ritmo, disciplina e concentração. " A capoeira estimula a formação de redes neuronais que contribuem para o desenvolvimento do pensamento espacial, algo essencial para que possa assimilar conceitos de física, geografia e matemática", explica. " Da mesma forma, quem aprende a ler música com mais facilidade para a sintaxe, presente tanto na escrita como na matemática."
Para KátiaSmole, a capacidade de estabelecer padrões, fundamental para o raciocínio matemático, é potencializada pelo estudo das artes em geral, especialmente de música," Suprimir essas disciplinas compromete uma parte considerável do desenvolvimentodo estudadnte", afirma. Há outro aspecto da formação que está diretamente ligado ao aprendizado das manifestações artísticas: o estímulo à criatividade. Elvira lembra que a história da evolução científica sempre caminhou lado a lado com a capacidade de imaginar e criar metáforas para explicar fenômenos. " A ausência de experiências estéticas pode levar à mediocridade ou à limitação de estratégias de tomada de decisôes que exijam um pensamento mais criativo", explica.
As escolas não pecam só nas expressôes artísticas. A falta de incentivo à argumentação e ao acolhimento de diferentes pontos de vista E um dos fatores que têm levado a uma indisciplina cada vez maior em sala de aula, acredita Telma Vinha, professora da Faculdade de Educação da Universidade de Campinas (SP) e estudiosa de conflitos nos colégios nos colégios. Para ela, a crescente dificuldades dos alunos em resolver diferenças ocorre em grande parte porque a escola não tem ensinado a arte da confrontação, que envolve capacidades cognitivas, interpessoais e afetivas.Todas elas poderiam ser mais exploradas em um programa mais arejado." A maneira como está estruturado currúculo escolar leva a uma forma de subdesenvolvimento da sensibilidade, da complexidade e multiplicidade de linguagens e perspectivas. Uma pena, porque são instrumentos necessários para conhecer a si mesmo aos demais e assim,solucionar os conflitos". analisa.


fonte: Revista CLÁUDIA
( junho de 2010.)

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